O Dia Mundial da Saúde (7) foi a data escolhida para falar sobre um assunto que, muitas vezes, é colocado em segundo plano: os benefícios de descansar. A professora da UNIT/AL e Psicóloga, Raquel Pedrosa de Almeida abordou o tema de forma dinâmica, questionando os participantes.
“Quem são vocês? Você se conhece? Conhece seus limites? Sabe dizer não?” Essas foram algumas das perguntas feitas pela palestrante no início do bate-papo.
“É preciso se conhecer e compreender os seus limites para conseguir o equilíbrio. Não adianta não se dar tempo, tentando fazer tudo, sempre, por todo mundo. Isso vai refletir, principalmente numa sobrecarga mental. ” Reforçou a Psicóloga.
Mas e quando a gente não pode dizer não? Não pode parar? Essa é a realidade hoje das famílias. Uma dona de casa precisa trabalhar pra sustentar seus filhos, precisa cuidar deles quando chega em casa. Precisa cuidar da casa também. Como se dar descanso? Como parar para cuidar de si mesma? Como respeitar os limites, quando os próprios limites nem são mais considerados? Esses questionamentos foram feitos por Júnior de Lima, de 20 anos. Ele é acompanhante da mãe nas idas e vindas às sessões de hemodiálise.
“Mesmo dentro dessa realidade precisamos entender que se não estivermos bem, não faremos nada pelo próximo. É primordial encontrar momentos de escape físico e mental, dando-se intervalos. Tentar fazer em algum momento algo que goste. Respirar por cinco minutos, já são formas de descanso. Não precisa deitar e dormir”, respondeu Raquel.
O bate-papo durou em torno de 40 minutos e serviu como uma oportunidade de debate e reflexão sobre como melhorar a qualidade de vida dos participantes e seus familiares.
“O autocuidado deve estar inserido na nossa rotina. Mesmo diante de tantas obrigações, de tantas responsabilidades e de pouco tempo para executar as atividades diárias, precisamos entender as consequências de uma vida sem descanso. São drásticas. A qualidade de vida depende desse nosso olhar, desse cuidado consigo mesmo. è preciso encontrar formas de descanso e inserí-las em nossa rotina” recomendou a professora, que também deu relatos de sua rotina corrida e sua dificuldade de descansar em meio às atividades no dia a dia.